Entrada na comunidade

A entrada na comunidade deve ser planejada para garantir que os moradores compreendam o projeto de regularização fundiária e sintam-se seguros com a presença da equipe. Antes do primeiro contato presencial, é fundamental que o trabalho de divulgação seja realizado, utilizando faixas, panfletos, cartazes, rádio comunitária e outras formas de comunicação acessíveis à população. Esse processo antecede a Reunião de Partida, um momento essencial para apresentar o projeto, esclarecer dúvidas e alinhar expectativas.

A mobilização deve considerar que a comunidade pode interpretar a chegada da equipe com desconfiança, questionando quem são os profissionais, qual o objetivo do trabalho e se a presença deles representa algum risco. Por isso, a identificação dos profissionais é indispensável, incluindo uniforme, crachá e documentos que validem a atuação da equipe no território.

Outro ponto essencial é o alinhamento prévio com a Prefeitura e demais instituições locais, garantindo que os serviços existentes no território estejam informados sobre o projeto e possam colaborar com o processo. Esse alinhamento também possibilita a realização de campanhas de cidadania, vacinação e outros serviços que aproximam a equipe do cotidiano da população.

A aproximação inicial ocorre por meio do contato com lideranças comunitárias formais e informais. O mapeamento dessas lideranças e das instituições públicas locais permite compreender as dinâmicas sociais e estabelecer um canal de comunicação direto para esclarecer os objetivos do trabalho, os prazos e as formas de participação da comunidade. Esse diálogo inicial também ajuda a identificar possíveis riscos e fatores limitadores que devem ser considerados no planejamento das atividades.

A visita à comunidade marca o início efetivo do trabalho de mobilização social e diagnóstico territorial. Essa etapa envolve diálogo com lideranças, observação direta do território e realização da Reunião de Partida, possibilitando que a equipe conheça aspectos como a história de formação do núcleo, sua configuração territorial e as principais carências de infraestrutura. Sempre que possível, um profissional do setor social deve acompanhar a primeira entrada da equipe de topografia para obter uma visão inicial do território e estabelecer os primeiros contatos com a comunidade.

Para facilitar o entendimento da comunidade sobre as atividades de aerolevantamento e esclarecer dúvidas recorrentes, a equipe de topografia utiliza um folder informativo. Esse material explica a finalidade das imagens captadas, detalha o uso de drones na regularização fundiária e reforça que todas as operações seguem protocolos de segurança. Além disso, o folder instrui os moradores sobre a importância das marcações no solo, assegurando que as informações coletadas tenham a precisão necessária para subsidiar os próximos passos do processo.

Após essa fase inicial, a realização da audiência pública formaliza a apresentação do projeto à população e reforça a transparência do processo. Em seguida, a equipe avalia as atividades de entrada na comunidade e define estratégias para as próximas etapas do trabalho, garantindo que o planejamento se ajuste às necessidades identificadas no território.